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O primeiro à séria

"As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."

William Shakespeare



Poderia começar #oprimeirotextodoblogàséria# dizendo que não tenho dúvidas, mas ninguém acreditaria, o que não faria mal nenhum, já que Esta sou eu a fingir...

Nunca deixo de ter dúvidas mas, proporcionalmente a estas, cada vez vou tendo mais certezas de mim, no cimo desta maioridade a que ainda não me habituei.

Provenho de uma casta paternal que me incutiu o dever de que tudo o que faço deve ser bem feito.

Chega a ser uma obsessão - se vissem as minhas gavetas de talheres compreenderiam - esta premência de que só devo fazer o que consigo sem erro.

O que é um erro só por si, porque "Herrar é Umano"

Até esta semana dava por mim a pensar que se não contribuísse com novidade ou diferenciação, o meu aporte seria nulo.

Mas hoje decidi que não. (Hoje não, na verdade comecei há uns dias, mas quis preparar tudo o melhor possível antes de abrir o tasco)

Peguei no blogue que criei há um ano, em tempos de reclusão pandémica, e abri-lhe as janelas para o mundo cibernético.

Nele farei o que bem me apetecer.

Falarei de mim, dos meus, dos outros e dos deles.

Falarei de dias de sol e de noites ventosas.

De livros e músicas. Até de TV.

E de sapatos, cá está uma certeza.

Do preço dos feijões.

E de quantos grãos de areia tem a minha praia.

Descreverei moinhos quixotescos e sonhos surreais.

Apenas porque me apetece passar para as pontas dos dedos o que me vai nesta mente incendiada por vida!


Se terei sucesso, não me interessa.

A minha irmã, Mestra em E-Commerce, disse-me com um olhar paternalista que os blogues morreram. O meu nasce hoje.

Porque eu quero escrever.

Para quem quiser ler.

Senão, pelo menos para mim.

 
 
 

1 Comment


nunosbarbosa
Feb 12, 2021

Os blogs acabaram para crianças da idade da tua irmã, assim como acabou o Facebook!

Nós cotas ainda usamos os dois... ❤️

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